not applicable O “Centre for Functional Ecology - Science for People & the Planet” (CFE) é uma unidade I&D da Universidade de Coimbra que reúne investigadores de todos os domínios da ecologia, integrando conhecimento desde os genes aos biomas com o objetivo de estudar os mecanismos responsáveis pela manutenção da biodiversidade e pela composição, estrutura e funcionamento das comunidades biológicas e ecossistemas. O CFE apresenta um forte compromisso com a transferência de conhecimento para o público em geral e para o setor produtivo, com ênfase na sustentabilidade dos territórios e das comunidades locais. Os objetivos do CFE para 2019 passam, pela consolidação da trajetória altamente positiva no plano científico e formativo em três eixos principais: ciência de excelência, formação de elevada qualidade e estabelecimento de laços mais sólidos com os desafios societais. A vibrante dinâmica de investigação alcançada em 2013-2018, a incorporação de investigadores altamente qualificados e com forte dimensão internacional, o número e a qualidade dos artigos publicados e dos projetos aprovados, as sinergias estabelecidas com o setor privado e a participação de investigadores do CFE em redes internacionais, incluindo no apoio na tomada de decisões, sustentam uma maior afirmação do CFE a nível nacional e internacional. No entanto, este sucesso implica também um compromisso social pela afirmação da ciência enquanto promotora do desenvolvimento e bem-estar global dos povos. Por maioria de razão, o CFE, tendo a ecologia na sua matriz científica, produzindo conhecimento nas áreas das alterações globais, da gestão dos recursos hídricos, da proteção dos oceanos, da biodiversidade, dos serviços dos ecossistemas, entre outras, assumirá um maior compromisso pelo desenvolvimento sustentável, numa visão concertada, transdisciplinar, transnacional e translacional, apoiada na partilha do conhecimento e na ciência aberta, e incorporando plenamente a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e a promoção do emprego científico. Em 2019, o CFE continuará a fortalecer algumas áreas prioritárias, nomeadamente: agro-ambiental, fitossanitária, dieta mediterrânea, silvicultura, alterações globais, conservação da natureza, segurança alimentar, avaliação de risco ambiental, economia azul, ecossistemas marinhos e costeiros e desenvolvimento sustentável. Em suma, a missão do CFE é continuar a impulsionar os limites do conhecimento em todas as áreas da Ecologia e suas interfaces com a tecnologia e a sociedade num compromisso permanente de produzir uma verdadeira Ciência para as Pessoas e para o Planeta. Considerando estes objetivos, o financiamento requerido permitirá fortalecer as competências dos membros do CFE, assim como, aumentar ainda mais a colaboração interdisciplinar, com uma forte aposta na internacionalização da atividade científica, promovida não só pelo estabelecimento de parcerias no âmbito de projetos transregionais e europeus, mas também pela participação em redes colaborativas e congressos internacionais. Recursos Humanos – O valor de Recursos Humanos é fundamental para a abertura de uma BGCT dedicada ao apoio à gestão das atividades edo CFE. Para o ano de 2018, há a necessidade de contratar um BGCT para auxiliar no secretariado do CFE, assim como para para a gestão de informação em bases de dados, de forma a agilizar todo o processo de implementação de uma política de Ciência Aberta no CEF. Missões – O valor de Missões justifica-se pela necessidade de continuar a apoiar o trabalho de campo pelos investigadores, sua participação em reuniões, em redes colaborativas e em congressos científicos para a divulgação junto dos pares dos resultados obtidos, e em ações de divulgação junto das escolas e do grande-público. Aquisição de bens e serviços – O valor de Aquisição de Bens e Servições justifica-se igualmente pela necessidade de apoiar o trabalho desenvolvidos nos diversos laboratórios pertencentes ao CEF, assim como apoiar o trabalho de campo, nomeadamente através de aquisição de reagentes e consumíveis. Para além disso, é considerada a necessidade da manutenção regular dos equipamentos disponíveis, nomeadamente equipamento de laboratório, estufas, barco, entre outros. Demonstração, Promoção e Divulgação – O valor de Demonstração, Promoção e Divulgação justifica-se pelo objetivo de continuar a desenvolver atividades de divulgação de ciência e respetiva produção de conteúdos em diversos formatos que permitam uma melhor comunicação de ciência. É também objetivo do CEF continuar a apoiar em 2018 a publicação de um número específico de publicações em acesso aberto. Equipamento – O valor de Equipamento justifica-se pela necessidade de adquirir computadores para alguns dos novos membros do CFE, em particular os novos investigadores do CEEC Individual.

The recent development of Mediterranean dendrochronology has highlighted the importance of intra-ring features in radial growth as an additional source of ecologic and climatological information. Intra-ring features reflect the cambial activity of trees throughout the growing season, which in turn is controlled by genetic and environmental signals. Understanding the physiological mechanisms regulating cambium activity and cell differentiation is a key step for improving the productivity of tree plantations. Wood formation (xylogenesis) has been the focus of many ecophysiological and forestry studies, however, only a small number have been performed in water limited environments, such as the Mediterranean region. Mediterranean tree species have physiological and morphological features as well as phenological adaptations to cope with the characteristic double-stressed climate (cold winters and dry summers). Additionally, as the Mediterranean climate shows a high degree of spatio-temporal variability, the pace of cambial activity must adjust to a broad array of climatic conditions. Therefore, trees growing under Mediterranean climate should be plastic enough to cope with contrasting weather patterns. The formation of intra-annual density fluctuations in Pinus pinaster, P. pinea and P. halepensis is triggered by late-summer rainfall in Portugal and Spain, which represents an anatomical adaptation to water availability. The plastic xylogenesis of P. pinaster may provide a competitive advantage, since the adjustment of wood density (tracheid features) to environmental conditions can have a strong impact on conductivity, water storage capacity and on vulnerability to cavitation. In fact, trees are particularly sensitive to cavitation during drought periods, when large volumes of water are lost by leaf surface, and soil water availability is not enough to keep up with water demands. Climate models predict an increase in the frequency and intensity of extreme climatic events and an increase in aridity over most of southern Europe. Trees are among the species that cannot escape or adapt fast enough to cope with such rapid changes, making forests particularly sensitive to climate change. Among all the species of the Mediterranean forest, pines are the most sensitive to competition, and this sensitivity increases as precipitation decreases. Experimental studies are thus necessary to increase our understanding of drought-related tree mortality. Understanding how plant growth and survival is affected by drought is crucial to predict how forest will respond to the expected climatic changes. This project will address the following questions: How do trees of P. pinaster adjust their hydraulic architecture under different water regimes? How physiological processes are affected by water availability and how wood formation is affected by physiology? Are the physiologic adjustments permanently stored in the wood and are tree rings adequate to reconstruct past plant-water relationships? O recente desenvolvimento da dendrocronologia na região Mediterrânica demonstrou o valor da anatomia dos anéis de crescimento, como uma fonte adicional de informação ecológica e climatológica. As características anatómicas intra-anuais reflectem a actividade cambial das árvores ao longo da estação de crescimento, o que por sua vez é controlado por factores genéticos e ambientais. Compreender a regulação da actividade cambial e a diferenciação celular é essencial para compreender a produtividade florestal. A formação de madeira (xilogénese) tem sido o tema de vários estudos florestais e ecofisiológicos. Contudo, apenas alguns trabalhos foram realizados em ambientes sujeitos à seca, como acontece na região Mediterrânica. Na região Mediterrânica, as plantas possuem adaptações fisiológicas, morfológicas e fenológicas ao clima, que é caracterizado por dois períodos desfavoráveis ao crescimento (Invernos frios e Verões quentes e secos). Os pinheiros estão entre as espécies florestais Mediterrânicas mais sensíveis à competição, especialmente em situações de seca. Compreender como o crescimento das árvores é afectado pela seca é fundamental para antecipar como a floresta responderá às alterações climáticas previstas. Este projecto pretende responder às seguintes questões: Como é que o pinheiro-bravo ajusta a sua arquitectura hidráulica sob diferentes regimes hídricos? Como é que os processos fisiológicos e a formação de madeira são afectados pela disponibilidade hídrica? São os ajustes fisiológicos à disponibilidade hídrica registados na madeira formada? Será então possível reconstruir as relações hídricas das plantas com base nos anéis de crescimento?

The Centre for Functional Ecology (CFE) of the University of Coimbra was originally approved as an independent R&D unit in the last FCT assessment. Initially, CFE integrated 18 researchers from ecology and related areas, the vast majority from the Department of Life Sciences of the University of Coimbra. Since then, the CFE experienced a remarkable growth in size, scope and impact, currently integrating 49 researchers, and triplicating the number of Master and PhD students. This highly positive evolution is reflected in all productivity indicators, from the number of researchers, the publication of manuscripts in international ISI journals to the amount of secured funding from national and international calls. In addition to seeking scientific excellence, the CFE has made a strong effort in transferring the produced knowledge to the general public, constantly engaging in science communication programs, and has increasingly worked with the private sector in developing new technological solutions that promote a sustainable use of natural resources and stimulate regional and national economy. These dynamics led to the proposed organization of the CFE in five closely collaborating research groups, sharing a common strategic vision: 1. Terrestrial Ecosystems and Global Change; 2. Marine and Coastal Processes; 3. Biodiversity and Evolution; 4. Natural Resources, Sustainability, and Human Development; 5. History of Science, Scientific Communication and Dissemination. The strategic project for 2014 constitutes the preparation for the strategic programme of 2015-2020, and has the clear strategic goal of starting to consolidate the national position of the CFE as leading research institute in ecology, and in becoming increasingly recognized as a reference research institute internationally. The vibrant research dynamics achieved in recent years, the incorporation of highly qualified researchers with strong international dimension, including five researchers funded by the competitive FCT Investigator program, the number and quality of the approved projects, and the established synergies with the private industry sector, will enable the Centre to continue to integrate several institutional cooperation networks (e.g. PEERS network), collaborate on the submission of large collaborative projects (e.g. COST actions, European projects and other calls to private entities), organize international conferences and participate in advanced training in Master and Doctoral courses offered by the University of Coimbra and other higher education institutions. The CFE strives for consolidating its leading role as an international reference institution in ecological research, while giving an increasingly relevant contribution for the technology based economy, particularly in the region of Coimbra and neighboring districts. The members of the CFE are currently collaborating with private enterprises in the field of nature conservation, in particular in the control of exotic plant invasions and in the restoration of natural habitats, in the field of agro-forestry biotechnology, namely on the improvement of local varieties of fruiting trees, in state-of-the art aquaculture, in the production of edible mushrooms, and in the production of biodiesel from plant-waste material, contributing for a more sustainable forestry management, fighting desertification and forest fires. Furthermore, the UNESCO Chair on “Biodiversity Safeguard for Sustainable Development”, recently awarded to Helena Freitas, CFE coordinator, assumes a central relevance for the knowledge transfer and internationalization strategies of the Centre. The chair will support and stimulate research and advanced training activities already being implemented in Africa. Specifically, the collaboration with the large restoration project of the Gorongosa National Park (Mozambique), the collaboration with the University of Mandume Ya Ndemufayo (Angola) in the joint organization of a Master program in Conservation Biology, the creation of a Botanical Garden at that institution, and the participation on the large cross-borders project Okavango-Zambeze. The CFE also maintains an intense science communication activity, with a special emphasis to a TV series of 4 documentaries on the historical botanical expeditions to Africa, to a large number of publications in leading regional and national newspapers, and to the constant participation on science dissemination workshops, conferences and activities organized by the CFE or its partners. We are deeply confident that the time is ripe for the consolidation of the CFE as a leading R&D unit in Ecology both at the national and international level. O Centro de Ecologia Funcional (CFE) da Universidade de Coimbra é uma unidade de investigação aprovada na última avaliação de candidaturas promovida pela FCT. Na sua formação, o CFE agregou 18 investigadores em ecologia ou áreas afins, na sua maioria do atual Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra (DCV-UC). Desde então, o CFE teve uma evolução notável apresentando 49 investigadores doutorados, e triplicando o número de estudantes de pós-graduação. Esta evolução positiva regista-se em todos os indicadores, desde a produção científica em revistas internacionais, ao número de projetos nacionais e internacionais, e ao desempenho científico global da unidade. Para além do mérito da prestação científica, o CFE tem ainda apostado na promoção e divulgação do conhecimento científico, e de forma crescente na transferência de conhecimento para a atividade económica regional e nacional. Todas estas dinâmicas conduzem hoje a uma proposta de organização do CFE em 5 grupos principais, cada um coordenado por um investigador sénior: 1. Ecossistemas Terrestres e Alterações globais; 2. Processos Estuarinos e Costeiros; 3. Biodiversidade e Evolução; 4. Recursos Naturais, Sustentabilidade e Desenvolvimento Humano; 5. História da Ciência, Comunicação e Disseminação de Ciência. O projeto estratégico do CFE para 2014, surge como preparação para o período de 2015-2020, pretendendo-se começar a consolidar a projeção nacional e internacional do CFE, com o objectivo de tornar esta unidade de investigação num Centro de excelência internacional no domínio científico da Ecologia. O trabalho já desenvolvido nos primeiros anos de atividade do CFE, a presença de investigadores com reconhecido mérito científico, a recente contratação de 5 investigadores FCT e o número e qualidade dos projetos aprovados e em perspetiva, permitem agora consolidar a rede nacional e internacional de contactos com grupos de investigação do mesmo domínio científico, através de redes de colaboração (e.g., rede PEERS), de candidaturas conjuntas a projetos de investigação (e.g. ações COST, projetos europeus), da organização conjunta de congressos, da participação em atividades letivas conjuntas, e do incentivo ao intercâmbio de investigadores e estudantes. A atividade científica no domínio da ecologia verifica-se também na formação, em especial através da colaboração dos investigadores do CFE nos programas de Mestrado e Doutoramento do DCV-UC, entre outros. Conforme referido, o principal objectivo científico do CFE é afirmar-se no domínio científico da Ecologia, mas sem esquecer a intervenção progressiva e consistente de apoio à atividade económica, em especial na região Centro do país, onde o CFE e a Universidade de Coimbra se inserem. No CFE, os projetos de índole aplicada promovem a transferência de conhecimento para a atividade empresarial e são desenvolvidos por investigadores que integram os diferentes grupos de investigação. Atualmente, desenvolvem-se projetos aplicados no domínio da conservação da natureza, em especial no controlo de espécies invasoras e reabilitação dos ecossistemas nativos, no domínio da biotecnologia agroflorestal, designadamente através do estudo e melhoramento de variedades fruteiras nacionais, no domínio da aquacultura, micologia, e bioenergias, com a instalação de uma biorefinaria na região que permitirá valorizar os resíduos florestais, ao mesmo tempo contribuindo para a diminuição dos fogos florestais. Ainda relevante no contexto da transferência de conhecimento, mas também para a estratégia de internacionalização do CFE, destaca-se a Cátedra UNESCO “Biodiversity Safeguard for Sustainable Development”, recentemente atribuída à coordenadora do CFE, Helena Freitas. Esta cátedra permitirá enquadrar e dinamizar toda a atividade de investigação e formação que já se realiza em África. Em concreto, a colaboração com o projeto de reabilitação do Parque Nacional da Gorongosa (Moçambique), e a colaboração com a Universidade de Mandume Ya Ndemufayo (Angola) que prevê a realização conjunta de um Mestrado em Biologia da Conservação, a conceção e implementação de um Jardim Botânico, e a colaboração no grande projeto transfronteiriço Okavango-Zambeze. O CFE tem desenvolvido também uma intensa atividade no domínio da educação, promoção e comunicação da ciência, destacando-se uma série de 4 documentários produzidos para televisão “No trilho dos naturalistas: as expedições botânicas em África”, um amplo conjunto de publicações para a imprensa regional e nacional e uma participação intensa em conferências e debates para o público em geral. Estão assim reunidas todas as condições para o CFE se afirmar como centro de referência nacional em Ecologia, e consolidar a sua posição de excelência internacional.

10.2 Summary in English for general dissemination purposes The Centre for Functional Ecology - Science for People & the Planet (CFE) is a R&D unit hosted by the Department of Life Sciences of the University of Coimbra that brings together researchers from all fields of ecology, integrating knowledge from genes to the biome level to disentangle the mechanisms responsible for biodiversity maintenance, and for the composition, structure and functioning of biological communities and ecosystems. CFE holds a strong commitment to knowledge transfer to the general public and to the productive sector, with emphasis on the sustainability of territories and local communities. Since its creation in 2007, the CFE has experienced a remarkable growth in size, scope and impact. At present, CFE is composed by 88 integrated PhD researchers and a total of 245 researchers (41 graduate students and 116 collaborators) organized in 6 strategic research groups for 2018-2022: Terrestrial Ecosystems and Global Change; Biodiversity, Conservation and Ecosystem Services; Marine and Coastal Ecosystems; Soil and Freshwater Stress Ecology; Forensic Anthropology and Paleobiology; and Societies and Environmental Sustainability. In addition, CFE inscribes two cross-cutting thematic lines: the UNESCO Chair on Biodiversity Safeguard for Sustainable Development and the Open Science. The CFE's strategy for 2018-2022 is to consolidate the positive trajectory of the overall performance of the R&D unit, both scientifically and formatively. The vibrant research dynamic achieved in 2013-2017, the incorporation of highly qualified researchers with strong international dimension, the number and quality of published articles and of approved projects, the established synergies with the private sector, and the participation of CFE researchers in international networks, including support in decision making, sustain a greater affirmation of CFE nationally and internationally. However, this success also entails further social responsibilities, and through the two transversal thematic lines, CFE researchers are compelled to reinforce the role of ecology as driver of well-being. Since ecology is the scientific matrix of CFE, with research focused in the fields of global change, water and food management, protection of the oceans, biodiversity, ecosystem services, among other, CFE researchers will pursue a greater commitment to promote sustainable development, in a concerted, transdisciplinary, transnational and translational vision, supported by knowledge sharing and open science, and fully embodying the UN 2030 Agenda for Sustainable Development and the promotion of scientific employment. For all the above, in 2018-2022, CFE mission is to continue to push the boundaries of knowledge across all areas of Ecology and its interfaces with technology and society, with a permanent commitment to produce state-of-the art science for improving the livelihoods of people and for the protection of the environment in a truly Science for People & the Planet. 10.3 Summary in English for evaluation Since its creation in 2007, the Centre for Functional Ecology - Science for People & the Planet (CFE) of the University of Coimbra, has experienced a remarkable growth in size, scope and impact. At present, CFE is composed by 88 integrated PhD researchers and a total of 245 researchers (41 graduate students and 116 collaborators), almost doubling the number of integrated members in the previous evaluation, thus justifying an internal reorganization of the research groups into 6 strategic scientific areas for the period 2018-2022: Terrestrial Ecosystems and Global Change; Biodiversity, Conservation and Ecosystem Services; Marine and Coastal Ecosystems; Soil and Freshwater Stress Ecology; Forensic Anthropology and Paleobiology; and Societies and Environmental Sustainability. Each of these groups pursues its own clear R&D goals, but with very strong and fluid collaborations among all research groups, a hallmark of CFE since its creation. In addition, CFE inscribes two cross-cutting thematic lines: The UNESCO Chair on Biodiversity Safeguard for Sustainable Development and the Open Science. The activity of the latter will be facilitated by the creation of a Participatory Council, representative of the civil society and of entities with potential interest in the research produced by CFE, in an effort for an effective translational ecology approach. This highly positive evolution is reflected in all productivity indicators, from the number and, most importantly, the quality of the publications in international peer reviewed journals, to a strong engagement in advanced training and to securing funds in national and international calls. In addition to seeking scientific excellence, CFE has made a strong effort for transferring the produced knowledge to society, continually engaging in science communication programs, and directly working with the private sector in the development of new solutions that promote a sustainable use of natural resources and stimulate the regional and national economy. The CFE's strategy for the period 2018-2022 is to consolidate the positive trajectory of the overall performance of the R&D unit, both scientifically and formatively. The vibrant research dynamic achieved in 2013-2017, the incorporation of highly qualified researchers with strong international dimension, the number and quality of the approved projects, the established synergies with the private sector, and the participation of CFE researchers in international networks, including the support in decision making, sustain a greater affirmation of CFE nationally and internationally. However, this success also entails further social responsibilities, and through the two transversal thematic lines, CFE researchers are compelled to reinforce the role of ecology as driver of well-being. Since ecology is the scientific matrix of CFE, with research focused in the fields of climate change, water and food management, protection of the oceans, biodiversity, ecosystem services, among others, CFE researchers will pursue a greater commitment to promote sustainable development, in a concerted, transdisciplinary, transnational and translational vision, supported by knowledge sharing. Therefore, the global mission of the CFE fully embodies the priorities of the UN 2030 Agenda for Sustainable Development, with researchers being stimulated to give priority to systemic thinking with relevance at local, national and international levels. The permanent commitment to produce state-of-the art science for improving the livelihoods of people and the protection of the environment has originated the new motto of the R&D unit - Science for People & the Planet. In respect with the guiding principles of the promotion of a truly open and socially responsible science, CFE will continue to strengthen some specific priority areas, chiefly: agro-environment, phytosanitary, Mediterranean diet, forestry, global change, nature conservation, food safety, environmental risk assessment, blue economy, marine and coastal ecosystems, circular economy and sustainable development. Advanced training and the incorporation of students in the inception and development of ideas and projects is another cornerstone of CFE's strategy, and the next few years will witness a strong affirmation in the field of advanced training and in international academic cooperation, through the involvement in international PhD and MSc programs. Inherent to this is the promotion of scientific employment, which is already being achieved through the ReNATURE project and is a strong commitment for the period of 2018-2022. Furthermore, through the UNESCO Chair on Biodiversity Safeguard for Sustainable Development, the relations with Portuguese-speaking countries will continue to be leveraged. Our long-shared history with such countries demands and favors these collaborations, with a crucial focus in the conservation of biodiversity and natural history collections, mentoring and knowledge-sharing. Recently approved projects in São Tomé and Príncipe and in the Gorongosa National Park in Mozambique will strengthen this path. The CFE also endorses its full promise to Open Science, a cross-cutting agenda that, together with the UN Sustainable Development Goals, ensures that the knowledge created through research is widely shared. Since 2013 the webpage invasoras.pt constitutes itself as one of the most relevant citizen science platforms in Portugal, and further engagement of citizens in scientific activities will be aimed in the future. Also, through the new Participatory Council and CFE´s science dissemination activities we seek to involve the local communities in teaching and research projects, creating further links with the society. For all the above, in 2018-2022, CFE mission is to push the boundaries of knowledge across all areas of Ecology and its interfaces with technology and society, truly producing top-tier quality Science for People & the Planet. O “Centre for Functional Ecology - Science for People & the Planet” (CFE) é uma unidade I&D alojada no Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra que reúne investigadores de todos os domínios da ecologia, integrando conhecimento desde os genes aos biomas com o objectivo de estudar os mecanismos responsáveis pela manutenção da biodiversidade e pela composição, estrutura e funcionamento das comunidades biológicas e ecossistemas. O CFE apresenta um forte compromisso com a transferência de conhecimento para o público em geral e para o setor produtivo, com ênfase na sustentabilidade dos territórios e das comunidades locais. Desde a sua criação em 2007, o CFE apresenta um notável crescimento em tamanho, alcance e impacto. Atualmente, o CFE é composto por 88 investigadores doutorados integrados e um total de 245 investigadores (41 investigadores não doutorados e 116 colaboradores) organizados em 6 grupos de investigação estratégicos para 2018-2022: Ecossistemas Terrestres e Alterações Globais; Biodiversidade, Conservação e Serviços dos Ecossistemas; Ecossistemas Marinhos e Costeiros; Ecologia do Solo e da Água Doce; Antropologia Forense e Paleobiologia; e Sociedades e Sustentabilidade Ambiental. Além disso, o CFE organiza-se em duas linhas temáticas transversais: a Cátedra UNESCO em Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável e a Ciência Aberta. A estratégia do CFE para 2018-2022 passa pela consolidação da trajetória altamente positiva no plano científico e formativo. A vibrante dinâmica de investigação alcançada em 2013-2017, a incorporação de investigadores altamente qualificados e com forte dimensão internacional, o número e a qualidade dos artigos publicados e dos projetos aprovados, as sinergias estabelecidas com o setor privado e a participação de investigadores do CFE em redes internacionais, incluindo no apoio na tomada de decisões, sustentam uma maior afirmação do CFE a nível nacional e internacional. No entanto, este sucesso implica também um compromisso social pela afirmação da ciência enquanto promotora do desenvolvimento e bem-estar global dos povos. Por maioria de razão, o CFE, tendo a ecologia na sua matriz científica, produzindo conhecimento nas áreas das alterações globais, da gestão dos recursos hídricos e dos bens alimentares, da proteção dos oceanos, da biodiversidade, dos serviços dos ecossistemas, entre outras, assumirá um maior compromisso pelo desenvolvimento sustentável, numa visão concertada, transdisciplinar, transnacional e translacional, apoiada na partilha do conhecimento e na ciência aberta, e incorporando plenamente a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e a promoção do emprego científico. Assim, em 2018-2022, a missão da CFE é continuar a impulsionar os limites do conhecimento em todas as áreas da Ecologia e suas interfaces com a tecnologia e a sociedade num compromisso permanente de produzir uma verdadeira Ciência para as Pessoas e para o Planeta.